sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tempo, tempo, tempo, tempo...




Resposta ao tempo
(Aldir Blanc - Cristovão Bastos)

Batidas na porta da frente, é o tempo
eu bebo um pouquinho pra ter argumento
mas fico sem jeito, calado, ele ri
ele zomba do quanto eu chorei
porque sabe passar e eu não sei

Um dia azul de verão, sinto o vento
há folhas no meu coração, é o tempo
recordo um amor que perdi, ele ri
diz que somos iguais, se eu notei
pois não sabe ficar e eu também não sei

E gira em volta de mim
sussura que apaga os caminhos
que amores terminam no escuro, sozinhos

Respondo que ele aprisiona, eu liberto
que ele adormece as paixões, eu desperto
e o tempo se rói com inveja de mim
me vigia querendo aprender
como eu morro de amor pra tentar reviver

No fundo, é uma eterna criança que não soube amadurecer
eu posso, ele não vai poder me esquecer.

Nota: sobre o tempo há sempre muito a ser dito.
Com relação à essa música, que eu considero belíssima, percebe-se que o tempo volta pra nos cobrar, batendo em nossa porta. Nos censura pelo nosso sofrimento. Deixa claro que pode apagar aquilo que consideramos ferida em carne viva que não cicatrizará e ainda é cruel: assevera que amores terminam no escuro e sozinhos. O tempo que move os ponteiros dos relógios, muda as estações, transforma crianças em adultos, também aprisiona e escraviza, põe fim a paixões, sejam elas pré-maturas ou maduras e sente inveja de quem morre de amor pra tentar reviver, porque isso, ele não consegue.

"Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada
do tempo que transforma todo amor em quase nada
mas quase também é mais um detalhe
um grande amor não vai morrer assim
por isso, de vez em quando, você vai lembrar de mim
não adianta nem tentar me esquecer
durante muito tempo em sua vida eu vou viver".
(Detalhes; Erasmo Carlos - Roberto Carlos)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Você me ama, mas de repente..."


"Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo: você também diz que me ama".
(William Shakespeare)

"Você me chama
eu quero ir pro cinema
você reclama
meu coração não contenta
você me ama, mas de repente
a madrugada mudou
e certamente
aquele trêm já passou
e se passou, passou
daqui pra melhor
foi..."
(Go back; Sérgio Britto - Torquato Neto)