domingo, 10 de outubro de 2010

Você que é daqui. Você que é do lado de lá.

"Tô na Bahia e tô sentindo frio
praia tá cheia, e em mim, tudo vazio
quebrei a corda, eu tô por um fio, menina

Eu te procuro até eu não poder mais
na internet, bares, nos jornais
TROMBAR VOCÊ É O QUE EU QUERO MAIS, MENINA..."
(Beijos, blues e poesia; Edson Carvalho)

Vazio
(Fernanda Mello)

Hoje é dia vazio.
Buraco no coração.
Ausência de pensamento.
Minha palavra fica muda.
Sem você,
Sou menos poesia.

Com que letra eu vou?
(Fernanda Mello)

Se não deu certo
Apague e recomece
Esqueça o que ficou
Esqueça a culpa
A falta de plano
Esqueça a dúvida
O que foi quase engano

Apague e recomece

É sempre hora de mudar
De virar a página
E se reinventar

(Mesmo que doa, aprender não é um processo à toa).

Nota: tudo isso. Tudo isso junto.
Eu tenho muito o que dizer, mas não sei com que palavras.
Na bagunça do meu coração, perdi o rumo, o sono, uma parte da paz de espírito... mas não me abandonei, até porque nada justificaria tal atitude.
Não por acaso (nunca por acaso) aquilo que cai como uma luva se materializa na nossa frente na hora certa.
Uma palavra, um olhar, um gesto...
Aquilo que não foi dito permanece nas entrelinhas.
Ainda tenho o olhar perdido, o pensamento desordenado, os passos imprecisos e a dificuldade de me fazer entendida...
Não sei até quando.
O que sei é que não estou sozinha, e isso me conforta a alma.
Me conforta saber que há quem zele por mim, aqui e do outro lado.
Muito obrigada por me ouvir, você que é daqui.
Muito obrigada por me fazer estacar por duas vezes, você do lado de lá.
Tenho muito o que agradecer, por tudo.
Tenho muito o que amadurecer, pra tudo.
Penso que quem já teve pressa pode se permitir andar devagar.

"Coração na boca, peito aberto
vou sangrando
são as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando..."
(Sangrando; Gonzaguinha)

Um comentário:

  1. Sim, andar devagar é a melhor solução (ou parte dela) nesses casos.
    Lembre-se de que cada lágrima chorada (com ou sem recurso) contribui para nos fortalecer cada vez mais. O caminho do aprendizado é árduo e doloroso, mas a recompensa que vem depois é indescritível, é sagrada. E pra isso, também o mito da caverna, de Platão, se encaixa.

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