sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Uma tentativa de auto-descrição

A intensidade em estado puro
Uma romântica incorrigível
Um certo sorriso de quem nada quer
O mistério dessa aliança na minha mão direita...
Sou muitas em uma só
O doce do mel, sem desprezar o amargo maldoso do fel
A força do amor
A luz da madrugada, o frio dos invernos cortantes
As folhas mortas, que caem no outono
O perfume das rosas que florescem na primavera
O calor castigante dos verões
Todas as estações e mais algumas, que somente a minha alma habitam
E que, por isso, só eu sinto
Sou o olhar puro, a palavra que conforta
O toque das mãos que surpreende e silencia
Sou alegria sem dimensão, mas também sou a tristeza que dilacera
Sou só coração, sou o mais puro amor
E os dois Is do meu nome, saiba
Dizem mais do que se pode imaginar: um é Intensidade, o outro é Inconstância
Por isso, pare e pense
Prossiga se achar conveniente
Eis aqui uma mulher que não se define
Eis aqui, mistério e magia
Suposições, insinuações, erros, enganos e reflexões acerca de tudo
Eis aqui um ser complexo, mas encantador
Mil pedaços de mulher, um romance a ser escrito
Eis aqui a essência do que chamam inesquecível.

Nota: poema escrito, conforme consta do editor, no dia 17/12/2006.
É... nada nada de lá pra cá foram três anos e nove meses.
Muito tempo? Não sei...
O que eu sei é que de lá pra cá mudanças significativas foram operadas...
Eu ainda tenho muito o que aprender e superar, isso é fato, mas penso que o primeiro passo já foi dado e pode ser que ele seja o mais importante, porque sair da inércia não é nada fácil.
Ah, sim... eu usava aliança nessa época e foi aos poucos que pratiquei o desapego: não só dela, mas de tudo o que ela representava. Sim, sim: eu a guardei. Não, não... não tenho a mínima pretensão de voltar a usá-la.

"Juro que não vai doer se um dia eu roubar o seu anel de brilhantes
afinal de contas, dei meu coração e você pôs na estante
como um troféu, no meio da bugiganga
você me deixou de tanga
AI DE MIM, QUE SOU ROMÂNTICA".
(Mutante, Rita Lee)

Um comentário:

  1. 8 ou 80, branco ou preto, comer demais ou fazer jejum, amar ou odiar... Nada de meio termo, somente os extremos, bons ou ruins, mas extremos. A mesmice não tem vez.
    Somos assim, intensas.
    E somos assim, gêmeas.
    Gêmea siamesas.
    Siamesas na cabeça e no coração.

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